Donnerstag, August 20

Lápis nos dedos, vamos lá.

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Hoje eu estava por contemplar essas coisas batidas, contempláveis por natureza.
A minha mão estava por desenhar entre os abismos do ar curvas, retiros, barcas, moradas, tudo diluído e mais rápido que uma flecha varando o Sol. Um algum pesou no meu cangote. Tirei as mãos do céu na hora, as pus pesadas nos ombros. Aquilo precisava sair, sair. Esses sofrimentos doídos superficiais, esses que a gente resolve com algumas horas de atenção, tensão e respiração. Por fim aceitei esses que me percorrem, esses que descem sempre nas minhas vidas de sempre, esses acúmulos de erros que aqui pressupõem boa gramática, entendimento, diluição da ignorância. Essas coisas das pessoas bem-formadas desde o berço por centenas de livros. Aceitei o peso no cangote, certa de que tratava-se de coisa passageira, pouca.
Alguém muito sábio(a) discorreu sem chatismos sobre a importância da experiência e da alma bem formada. Porque uma boa família molda a cabeça, mas boas pessoas moldam a alma, preparam-na para o bem e para a morte. Transformar os traumas em possibilidades de finitudes, deu me por limites, cercas. Respiração psíquica tem que funcionar bem.
Acabei por não fechar as linhas desenhadas no céu. Elas foram, ventos do inverno. Por fim acabei derramando uma xícara de chá numa senhorinha, desculpas, eu pedi. Ela riu muito, suas rugas acharam graça, e agradeceu-me por tê-la tirado das lamas do pensamento.
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