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Senti embaixo do meu nariz o hálito fosco de meu pai, vinho e alho. Quente o meu coração, transferência à infância no mesmo instante. As mãos grandes e fartas do pai, carregadas de segurança e carinho. A gente trabalhando junto na comida, no restaurante. Tempero de gente que ama. Lembro de perguntar coisas a ele, e ele enrubescendo mal responde, sente-se surpreso pela minha curiosidade. Tento sempre reforçar o afeto e romper a barreira que existe entre nós, autoridades construídas, agora um pouco esfaceladas. Destruindo esses muros, esses parcos buracos, crio outros tipos de passagem, pontes talvez.
Comprei um vinho, não sei se bom, para compartilhar com papai. Espero nos embriagarmos de nós no domingo que se aproxima.
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obrigada, querida... sempre próxima.
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