Sonntag, Oktober 25

joios.

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Talvez num ponto escasso ela converta suas ideias em ações, tantas impotências, por deus... Escrever dedos soltos nas teclas era tão fácil, preferiria bater murros e arrancar palavras aos berros. Estar presente naquilo que chamamos 'dor da saída', inteira em seus porquês. Ela compreendeu perfeitamente a queda do poeta na janela, aquele mergulho corpo e pedras no rio. Sentou-se junto à escadaria, a cabeça caindo poços escuridões abaixo, 'queda livre, é isso enlouquecer? é a sensação de estar sempre sem um algo chão pisadas? loucos não pisam'. sentiu-se tragada por buracos abertos solo pegajoso, arrastar o corpo na lama dura e escura dessas razões tão fracas apresentadas. 'Bem sei eu que as palavras não brotam de um algo bater macio toque de seda. Bem sei eu amultuados caridades mendigações mediocridades fracassos  e umas sortes poucas para meia duzia de frases jogadas ao relento'. A boniteza fica ao olhos de quem lê. Todos os outros restos que constituem tais torpes palavreados, alimentar-se do joio oferecendo o trigo aos outros. Era esse o ofício do assassino? Oferecer a morte aos que temem? E se temem, por que?
Os outros continuam a travessia, pés colados nas estradas, sem muito espaço, contidas. Os nós travessias largas, pés no abismo ouro sujo carne venerada, desejada.
Comeu ela própria seus joios, certa de que algo bom aconteceria.


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2 Kommentare:

  1. Nossa isso que chamo de prosa poética. Eu vi um anti heroi senso descrito. Muito bom!


    "Comeu ela própria seus joios, certa de que algo bom aconteceria."

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