Montag, Januar 18

chegaríamos,

Digo: aquilo ali nada tem a ver com o incomensurável, o divino, o rosto esfregado no barro, no ócio letárgico o corpo cai quebra um pouco o corpo partido em dois o corpo um nada dedicado ao abismo de ser ao abismo de estar com eles a dor me invade é preciso coragem física, é preciso decência mínima esbravejar espantar a dor o ressentimento de lhe ver pouco de lhe tocar um pouco a frustração de ter lhe visto desde o começo próximo muito próximo e agora acho que começo a entender a sua custosa decisão. Sim, bem sei eu o quanto difícil foi para ti esse afastamento esse abandonar-se no deserto. O sagrado lhe habita todo, pés e mãos e tórax, mais um pouco e sim sim, serás arrebatado aos céus, meu bem, aos céus d'onde ouvirei sua voz suave a encostar no meu ouvido na minha pele o toque e pensarás: saravá com as suas delícias deleite-se comigo amor, deleite-se e ouviremos o toque ameno longo perpétuo dos sinos do rito do cotidiano abastado pouco valorizado poderíamos perder o fôlego em nós e isso nada teria a ver com as indecências daquele povo as sexualidades abusivas muito banalizadas; seríamos um rito nosso eu-ti constante, e Deus lá de cima abençoaria-nos.
Agora preciso tomar fôlego e buscar algumas linhas soltas no jardim de fora.

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