Freitag, Dezember 4

no corpo o poeta.

O poeta está lá jogado às traças, sombra de sua própria revelia. Espanca-se num gesto auto-indulgente achando espantar monstros internos bate forte na máquina não aguenta - acende outro cigarro - 'estapafúrdias tolas essas tenho de tricotar bem forte palavras trama dura e concisa para lacear poucos durar alguns bons anos.' Fez-se boba a visita que recebia de sua amiga/amante lhe disse em seguida: 'corroer memórias tudo bem meu querido o que eu te desejo na verdade é um dedo afunilado sabe essas tensões que nos jogam lá e cá e derepente mar fundo nem um pouco calma ela se esvai, não preciso não quero confiar nela mestre dos indesejados comidos ela ataca coração e cérebro minha vagina dói muito agora fui estuprada por você todos esses anos entraste na carne pele áspera nem gozar gozou só queria choro e arrependimento mas você se arrependeu de sentir prazer? Você e o prazer e o arrepender é isso poesia? Por favor me tire daqui, não suporto esse amoltoado palavras entrando feito flecha rasgos demonios rasgam gemo um pouco e paro - quem? Ruídos sinfonias poucas talvez ele rompa meu sucesso talvez seja um engano e você saia antes do amanhecer engano de anos inocente revés de vários partos arrumo o quarto da família que morreu - uma, duas, três inúmeras vezes.'
Ela disse: quero ser entendida preciso desse respiro teu - nada sofres menina, volta pra casa, lá é teu lugar. Menina teimosa que era, persistiu no erro - preciso fiar meu destino, parcas às favas o que acontece errado? Percome fantasias junto os avessos pontos dos lencóis o que você deseja? Fodes depois lava os lençóis até mais querida, não me leve a mal... Criar pontes no vácuo espero que esteja lendo essa porra desse tratado vazio sobre fazer a travessia do nada, vês que insisto na travessia? Como é isso de sentir buracos no estômago morrer dos dias cotidiano e desgaste.
Estou indo para o outro lado, não me esperes, olhe um pouco mas depois abaixe a cabeça, não tem de quê rapaz agradeço a ti também, não leve-me mal é necessário, não mais essa palpitação e faca na garganta entalada, preciso expulsar as gentes que existem nessas minhas inúmeras dobras tantos me habitam, por favor, deixe meu barco ir na direção de, rompa esse nó no cais, desobrigada estou dessas tuas exigências, não, não, por favor, isso é compulsivo eu sei obcessivo nós somos porém estou farta dessa escrita elegante e exigente estou no raso ainda vejo alguns peixes bonitos mais lá no fundo preciso ir buscá-los, ter com eles um segredo. Ampara-me, empurra-me, preserve-me da morte d'alma mate meu corpo se quiser, prisão doentia essa quero viver em ti co-existir conhecer-te. Conhecer saber o corpo do poeta amante poesia é sexo prazer pêlos na boca também?



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