Sonntag, März 28

E descobri-lo foi a maior dádiva. Esteve por conta dos seus erros e esqueceu-se pontuações regras detalhes porque alcançar o fundo estava à frente, estendendo a mão quase alçando suas visões vozes o sempre perseguido fundante de si. Piscou e viu-se inteira submersa num outro segundo pisou a casca dura que lhe fazia. Pés no chão agachada uma mariposa e sentiu palavras soltas suas mãos enrijecidas tecendo talvez queixumes e tantas outras iguais por vir por ser por compor o seu discurso envergonhado de si, linha quase-nada transparências no papel. E o papel que ainda não o era, a sua grande questão era com a carne-cara viva, essa que se estampa a todo instante toda vez que se descobre o outro-companhia e vê-se metido com palavras abstratas  fala ao ar. Para quem estaria jogando suas poucas e novamente, acanhadas impressões. Entregue ao erro não o era, desparamentos as serviam nos seus traços poucos irrisórios teorias do nada sentia-se liminar ao mundo grandes discussões não a serviam. Não sabia dizer se havia sentido o incômodo a rigidez o ridículo de tão pouco e isso habitá-la serva. Amava as particularidades mas não sabia se havia nesse discurso desculpas para a sua falta de tato consigo mesma, questionava porém ainda: não, até aqui mas não mais pra lá, não tenho condições. Quais condições eram essas? Quando abaixou um pouco a cabeça observou o pó pele morta acumulada por entre as teclas inundou-se de raiva - era ela e mais ninguém, ela deveria esfregar esse lodo de indiferença e carências na qual se transformara mas nem condições tinha de transbordar torrentes e tempestades, era oca e casca somente. Esqueceu-se de ler, esqueceu-se de ser além de, queria sair e comprar flores resolver seus problemas rir de verdade e saber, de fato, que não era uma farsa isso de lavar o rosto e apresentar-se resolvida aos outros. Sentia saudades de tempo do de trás, de tempo quando conseguia sentar e resolver internas questões borrarias ah vá, valha-me deus, há um deus no qual ela não acredita, quiçá seja essa a grande questão. Não havia mais álibis nem meias conversas dilações agora não mais, teria de ser breve entregar-se ao luxo do de ser tirar sua mão do rosto e aceitá-lo assim, de longe, como ele próprio havia arquitetado. Queria só a coragem de mantê-lo distante afastado dos seus dias acostumar-se com sua falta com a dor que a consumia - pesar maior era levar essa relação morna morta dedicada às sombras aos barrancos aos precipícios - e vontade tinha de jogá-lo morro abaixo - e logo depois salvá-lo.
Retomou: a pele, superfície porosa de inúmeras possibilidades me protege da água mas não da sujeira carregada por ela. Lama permeável, visível, porta que bate generosidades parcas agonizantes: quais são os agonizantes deste dia? Talvez eu compartilhe mínimo de dores ajoelhe minhas misérias esparramadas guarde as minhas sementes (brotarão elas cem duzentos mil anos três mil depois de cristo?). Cansei de escolher vida.

2 Kommentare:

  1. Complexamente genial como sempre!
    ah que saudade que eu sinto moça!
    Sucumbi ao mundo dos blogs...pois é...
    quem viver verá o que que vai dar..
    hehe
    beijocas querida amiga!

    AntwortenLöschen